Vi na televisão falarem sobre educação. O comercial chamava bem a atenção, pois mostrava o quão importante era se ter estudo.
Trabalho num call center e por um tempo atuei no setor de cobrança, sendo assim as ligações eram feitas para cobrar os clientes inadimplentes de uma determinada operadora. Algo óbvio.
Pois bem, o contato é sempre informal. O intuito era falar com o responsável financeiro. Quando o encontrava dava seguimento no atendimento corriqueiro de cobrança da época, mas quando não localizava o responsável, pedia para quem tivesse atendido que anotasse um recado para que o responsável pudesse entrar em contato com a operadora depois. Tudo muito simples, não é? Você perceberá que não.
O fato de pedir para que a pessoa anotasse um número seria normal, se ao término do pedido a voz do outro lado não ousasse dizer que não podia anotar, pois não tinha estudo, ou que não sabia ler ou escrever. Pior ainda era, perceber que existia uma vontade de poder ter anotado aquele número. Muitos vão pensar e dizer:"Mas isso é normal." Engano de quem pensa assim. Normal vai ser o dia em que todo brasileiro nato puder pegar um lápis e escrever ao menos seu nome e um número de telefone. Aí sim poderemos dizer que chegamos aonde queremos, do contrário, digo que continuaremos estáticos, achando que estamos evoluindo. Mas que evolução é essa, que educação é algo sem importância, e estar preparado porque é hora do show das poderosas, é? O saber vem recheado de muito sabor, mas ainda são poucos os que degustam desse néctar. Só que nem tudo está perdido, ainda acredito na raça humana. Tenho certeza que vai virar modinha os adolescentes discutindo sobre a canção do exílio, sobre como interpretar o Hino Nacional...ainda dá tempo.
Vem, vamos juntos descobrir esse mundo e eu te ajudo a desvendar tudo isso, na velocidade 5.